Cuidar na Idade Média
O cuidar era feito por uma mão de obra não valorizada, as mulheres, os escravos e os religiosos. Tinham uma atenção especial aos partos até porque era a garantia de perpetuação da espécie,e era assistido por viúvas e mulheres mais idosas com experiência. As grandes epidemias como a peste bubônica, a sífilis, a lepra e os desastres ecológicos paralisavam a vida política e social. A necessidade de auxílio e de redenção dos sofrimentos, aliada a sensibilidade mística do povo, encontrava a expressão na religião cristã, que começou a progredir. A igreja ganhou status dentro da sociedade, suprindo o que os governantes não faziam. As organizações eclesiásticas assumiram o monopólio moral, intelectual e financeiro. Até porque todos os conhecimentos ficaram ao poder da igreja, o cuidar era da igreja, com isso, perderam-se acesso aos trabalhos científicos originais da antiguidade clássica, ou seja, os tratados foram queimados, guardados, escondidos para não terem o direito de discutir. A medicina medieval foi fortemente influenciada pelas convicções religiosas. Na Idade Média, a cultura era lixo, sujeiras, falta de higiene e infecções cruzadas e cerca de um terço da população morria antes de completar uma ano de idade e outros viviam só até os dez anos. Os recém nascidos morriam com o mal de sete dias (tétano perinatal), tempo correspondente ao período de incubação da doença e que era contraída por uma bactéria na hora do parto pela falta de higiene. Era tanta sujeira que as casas eram infestadas por ratos, pulgas que disputavam restos de comidas com criação de animais. No final da Idade Média, a medicina limitava-se ao isolamento e quarentena. Para os pobres e ignorantes, a resposta era simples aos males: eram castigos de Deus. Para quase tudo se receitava chás, banhos, sangrias. Os doentes compartilhavam as mesmas camas e não havia separação entre o lugar de comer e dormir. Não existia um lugar para eliminação das necessidades fisiológicas e