A tragetoria da mulher na origem da pratica do cuidar
“As origens da prática de cuidar”.
Livro: Trajetória histórica e legal da enfermagem.
Autor: TAGA OGUISO, 2º Edição, editora Manole. 2007.
A trajetória da mulher na origem da prática do cuidar
Dentro do contexto do desenvolvimento da humanidade e os caminhos que a ação de cuidar percorreu, o papel da mulher passou por grandes transformações ao longo do tempo.
No inicio da civilização o papel materno instintivo da mulher foi de fundamental importância, pois o objetivo dos cuidados era a manutenção da vida, a mulher neste momento era responsável pelo cuidado com os doentes, as crianças e os idosos.
Acredito que esse tenha sido o momento único na historia em que a mulher se destaca como protagonista na arte do cuidar. O homem neste momento dentro da divisão social do trabalho era encarregado de exercer funções patriarcais, ficando a cargo dele a caça e agricultura.
Pode se perguntar então: Em que momento o homem se apoderou da ação dos cuidados ou da prática da manutenção da vida?
Constatamos através da historia da enfermagem que; a partir do momento em que o homem percebe que os conhecimentos dos meios de cura resultavam em poder, ele alia esse conhecimento ao misticismo, fortalece tal poder e apropriasse dele tornando-se um sacerdote, passando então a exercer o papel de mediador entre homens e deuses. Levando a partir daí o papel da mulher para segundo plano ou pode se dizer, coadjuvante.
Mesmo depois que Hipocrates conhecido como pai da medicina ter separado da religião e da magia a pratica de cuidar o homem não se desapoderou da função.
Na idade media, nos primeiros séculos do período cristão, as ações de cuidar sofrem a influencias de fatores socioeconômicos e políticos da época e da sociedade feudal. O papel da mulher se torna fundamental para evitar perdas demográficas causadas pelas guerras constantes e as epidemias, garantir a sobrevivência depende ainda das atividades de cuidar exercida pela mulher, entretanto o