Cuidados Paliativos
O que fazer com pacientes com doenças crônicas terminais, que se arrastam ao longo de um determinado tempo?
A medicina, em sua busca incessante em favor da vida, deixa de lado práticas humanistas, que podem dar todo um suporte para o paciente terminal e sua família. Não consegue e não pode evitar a morte, somos criaturas mortais.
E por sermos criaturas mortais que devemos cuidar para não cairmos na obstinação pela luta da vida adiando o inevitável, que somente acrescenta sofrimento, e diminui qualidade de vida.
Portanto, é necessário dar condições nesse momento, para enfrentarmos realisticamente os limites de nossa mortalidade. A medicina e todas as áreas envolvidas com a saúde devem ser orientadas para o alívio do sofrimento. Estar preocupado em cuidar da pessoa doente e não somente da doença da pessoa.
A dignidade da pessoa, portanto, é a fundamentação da nossa reflexão a respeito dos cuidados paliativos.
O primeiro centro de atendimento com características humanistas, com a preocupação de encarar o estar morrendo como um processo normal, enfatizando o controle de dor e dos sintomas, objetivando melhorar a qualidade de vida, antes mesmo que a alternativa de curar a doença ou entender a vida, foi criado em 1967 por Cicely Saunders, médica inglesa e esses centros são denominados de hospices.
O objetivo do hospice é permitir aos pacientes e suas famílias viver cada dia de uma forma plena e confortável tanto quanto possível e ajudar a lidar com o stress causado pela doença, pela morte e pela dor de perda.
Observa-se que são estes os cuidados que mantêm o respeito a integridade da pessoa buscam garantir: 1) que o paciente seja mantido livre de dor tanto quanto possível, de modo que possa morrer confortavelmente e com dignidade; 2) que o paciente receberá continuidade de cuidados e não será abandonado ou sofrerá perda de sua identidade pessoal; 3) que o paciente terá tanto controle quanto for