Cuidados Paliativos TCC
Nuland, Hoje a medicina já é capaz de controlar a dor física, mas ainda não considera a dor emocional e espiritual como uma prioridade. A idéia de proporcionar uma morte digna para aqueles que amamos muitas vezes está inocentemente associada a uma morte sem dor, ausente de processos degenerativos do corpo humano difíceis e desagradáveis de serem testemunhados. Não podemos nos sentir culpados por nossa natureza humana, isto é, precisamos aceitar o processo natural do envelhecimento, a falência precoce dos órgãos vitais, ou seja, um processo degenerativo da doença como um fenômeno próprio de nossa natureza humana. (Superando o preconceito de falar sobre morte Ref 9 e 10).
Presumivelmente, o homem tem tentado aliviar o sofrimento do seu semelhante, desde o seu aparecimento na terra. A história dos hospices está bem documentada a partir da Idade Média, seguindo-se a sua evolução no final do século 19 até as últimas décadas do presente século, quando ocorreu a sua proliferação a nível mundial. As origens da Medicina Paliativa como uma disciplina digna de ser praticada, estudada e pesquisada são mais recentes, alcançando apenas 25 anos. Ao final do século 19 e nas primeiras décadas do século 20, o que mais podia fazer um médico senão exercer uma medicina paliativa? Por mais que ele desejasse, haviam muito poucas doenças passíveis de serem submetidas à cirurgia curativa, a maioria dos processos mórbidos curáveis são as infecções. Os nossos antepassados não dispunham de antibióticos, e mesmo então, toda a habilidade que possuíam era canalizada para o alívio e a paliação. “Ciência e compaixão não são antagonistas – eles são simbióticos”, e assim o “cuidado hospice” foi aplicado ao paciente terminal, cuidado que embora seja holístico não deixa de ser científico. Os anos passaram e com eles veio a compreensão que estes pacientes precisam e merecem esta qualidade de cuidado não só no fim, mas desde o minuto em que seu médico e os parentes,