Cuba sem fidel
Os cubanos residentes nos
Estados Unidos torciam que uma nova revolução acontecesse no país com a saída de Fidel. Só que dessa vez no sentido inverso a de
1959, ou seja, para destituir o governo comunista e autoritário e dar posse a uma gestão capitalista, democrática e que mantivesse boas relações, inclusive com os americanos. Não que esses imigrantes aspirem voltar a viver na ilha caribenha. A primeira geração a sair de Cuba já se estabeleceu na América, onde seus descendentes nasceram. Essa vontade é mais fruto do ressentimento para com o regime que os obrigou a deixar para trás a terra natal, o estilo de vida e seus bens, para começar tudo em outro país como estrangeiros.
Muito menos os cubanos nascidos americanos pretendem viver na Ilha ou reivindicar aquilo que suas famílias foram obrigadas a abandonar. Nem aqueles que fugiram de Cuba há menos tempo almejam voltar a conviver com as limitações da vida cubana, aí incluindo o atraso tecnológico, as condições de moradia e lazer. Mas uma Cuba livre pode ser revisitada e também permitir a saída de quem quiser. Certamente, quem mora em
Cuba quer melhorias na qualidade de vida e maior liberdade para trabalhar e ganhar dinheiro. Quer também ser livre para ir e vir e para interagir com o mundo.
Contudo, esperam que tudo isso aconteça progressiva e naturalmente, sem abrir mão das conquistas obtidas no regime de Fidel Castro. Afinal,
Cuba é o 51º país do mundo em Desenvolvimento Humano, apesar da baixa renda per capita da população e do embargo econômico que sofre.
O Índice de Desenvolvimento
Humano (IDH) leva em conta mortalidade infantil, longevidade e educação (taxas de analfabetismo e de matrícula em todos os níveis de ensino) de um povo. Em
Cuba, esses índices são semelhantes aos do Primeiro
Mundo já que a saúde e a educação são disponibilizadas gratuitamente para todos.
Consumo e comunismo em
Cuba
Os salários cubanos são