Crônica
Nunca pude conversar com alguém como conversei com você. As coisas que falei com você. Livros, filmes, música. Ninguém me entende tão bem. Ninguém se parece tanto comigo. Eu nunca vi meu reflexo em ninguém como vejo em você. Mesmo sendo diferentes em vários aspectos, somos parecidos em muito mais. E é isso que nos une cada vez mais. Não consigo ficar longe de você. Quase morro quando fico um dia sequer sem conversar com você. Mesmo separados, de alguma forma continuamos juntos. E tenho certeza de que nós dois sabemos disso.
Eu não quero. Não quero isso. Odeio isso. Odeio amar você desse jeito. Odeio me sentir dependente de você dessa forma. Me acostumei com isso.
Muita gente diz “eu te amo”, mas na verdade não sabe o significado de amor. “Não sabia o que era amor, até você aparecer” é a frase com a qual eu mais me identifico. Quando assisto a algum filme de romance, ou quando ouço uma música sobre amor ou algum livro, a primeira pessoa em que penso é você. Na verdade, penso em você todos os dias, todas as horas, todos os minutos e segundos da minha vida.
O que eu mais odeio é o fato de eu ainda te amar depois de tudo. Depois de toda sua ignorância, depois de ter me trocado e jogado na minha cara que me trocou... E eu aqui, ainda pensando em você. Depois disso tudo. Tão idiota. Não acho que exista alguém no mundo mais idiota que eu.