crónicas de uma morte anunciada
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Angela Vicario casa com Bayardo San Román, um forasteiro que exibe arrogantemente o seu poder econômico, e é devolvida logo após a noite de núpcias, depois de o noivo constatar que Angela já não é virgem.
Pressionada pela família, a jovem denuncia Santiago Nasar como sendo o autor da façanha, julgando que a sua fortuna fará dele um intocável, numa terra onde segundo o costume, as dívidas de honra se pagam com a morte.
Angela engana-se. Pressionada pela mentalidade dominante, típica de uma sociedade patriarcal, a família Vicario é incapaz de aguentar o escárnio motivado pela honra manchada e sente-se compelida a matar o "infame", apesar da pouca vontade em fazê-lo.
Na realidade, os irmãos de Angela fazem tudo para dar a entender as suas intenções com o objetivo de que alguém os impeça e proporcione a Nasar a oportunidade para escapar a uma morte mais do que anunciada.
Apesar de todos os indícios serem facultados no sentido de evitar a morte de Santiago Nasar, o acesso à informação é bloqueado por uma série de imprevistos, contratempos e caprichos do destino.
A morte de Santiago, apesar de apregoadíssima, não é levada a sério pela maior parte das pessoas envolvidas que poderiam tê-la evitado.