Crónica de uma morte anunciada - Apresentação
O livro que escolhi para apresentar neste contrato de leitura intitula-se “Crónica de uma morte anunciada” e é um romance de Gabriel García Marquez, publicado em 1981.
Gabriel García Marquez foi um escritor, jornalista e político colombiano. Nasceu a 6 de Março de 1927 e foi considerado um dos autores mais importantes do século XX, infelizmente morreu a 17 de Abril do ano passado.
Estruturada como uma investigação jornalística esta obra narra a história do assassinato de Santiago Nasar, injustamente acusado por Ângela Vicário de a ter desonrado, num quebra-cabeças envolvente cujas peças se vão encaixando através da superposição das versões de testemunhas que estiveram próximas ao protagonista.
A ação decorre numa pequena cidade costeira colombiana em 1950.
E a narração tem inicio com a frase “No dia em que iam matá-lo, Santiago Nasar levantou-se às 5:30 da manhã para esperar o barco em que chegava o bispo”, apesar desta revelação se encontrar logo na primeira frase da obra este facto é esquecido durante a leitura dos primeiros parágrafos, pois o enredo é mais cativante do que o final já conhecido.
Assim, o autor recorrendo ao uso de analespses e prolepses faz do narrador o cronista da morte de Santiago Nasar, morte esta que é “anunciada” (como podemos ver no titulo do livro) pois os assassinos do protagonista fazem questão que toda a cidade saiba que pretendiam mata-lo. No entanto, por medo, covardia, ou mero sadismo, ninguém avisou Santiago, preferindo observá-lo, inocente caminhando para a morte.
Posto isto, penso que a obra tem dois objetivos fundamentais. Sendo o primeiro a critica à mentalidade primitiva desta época. E o segundo levar o leitor a duvidar da existência do destino, pois há uma incrível quantidade de tristes coincidências que levam Santiago Nasar à morte. Estas coincidências deixam no ar a inquietante reflexão de que "a fatalidade nos torna invisíveis".
Deste modo podemos afirmar que o destino e a sua fatalidade são um dos