Crónica sobre sushi
Um negócio milionário insustentável
Arroz ácido. É verdade. É esta a tradução à letra da palavra Sushi. Su (ácido) e Shi (arroz)
Esta arte da confeção do Sushi, remonta à necessidade de preservação de peixe cru.
Simplesmente era assim; as vísceras e cabeça do peixe eram removidas, aproveitando-se apenas as melhores partes. Salgava-se e punha-se num pipote de madeira com várias camadas de arroz, este, naturalmente ia fermentando enquanto ficavam armazenados num longo processo de espera entre 1 a 3 anos. Durante este processo ocorria a liberação de ácido láctico, o que azedava o peixe e garantia sua conservação duradoura. Claro que isto tornava o arroz impróprio para consumo, somente o peixe era o que ia para a mesa.
No século VII, os Japoneses acrescentaram algo a esta técnica: á conservação do peixe e do arroz, juntaram pedras para que ficasse tudo comprimido. E foi nesta evolução que surgiu o Sushi.
10 Séculos depois, o vinagre é acrescentado no preparo do arroz, em Edo (atual Tóquio) o que proporcionou a diminuição do tempo de preparo do sushi para 1 dia.
Assim como a tradução da palavra, a história real e atual por detrás deste prato tradicional japonês, é igualmente ácida. Azeda.
O atum rabilho do nordeste Atlântico e do mediterrâneo é o ingrediente principal da cozinha japonesa e desde que o sushi virou moda, foi criada uma indústria alimentar milionária.
Muitos ambientalistas afirmam, que a grande culpa deste colapso das reservas de peixe decai sobre a pesca industrial. É uma atividade extremamente lucrativa.
A Green Peace já se fez ouvir várias vezes sobre este assunto e as suas atenções estão mais focadas nos países terceiros, “perseguindo” diversas embarcações.
Devido ao consumo excessivo o estado da população desta espécie é considerado trágico e encontra-se em perigo de extinção. Em verdadeiro risco de colapso.
Existem várias empresas com viveiros que não declaram honestamente a quantia real de atum que possuem.
Os pescadores