CRÍTICA - A ÚLTIMA HORA
150 horas de gravação resultaram num filme instigante, polêmico e pertinente. A destruição do ecossistema pelo homem no decorrer dos anos ocasionaram as catástrofes naturais que vivemos atualmente.
Cientistas, especialistas e estudiosos em diversas áreas chamam a atenção – e puxa a orelha – do público para as mazelas que o planeta está sujeito graças ás ações do bicho homem.
Do consumismo desenfreado ao capitalismo selvagem á necessidade do ser humano de ter e ser, o filme alia imagens de tragédias naturais, da natureza devastada e de povos de diversas nacionalidades para afirmar que o mundo está superlotando e nem por isso aumentando ou aceitando passivamente tal ocupação.
Tendencioso – porém atual – o filme nos coloca de frente com uma realidade que ignoramos terminantemente, talvez porque não acreditamos viver tanto para ver o mundo acabar.
Egoisticamente continuamos agindo, aceitando e elegendo condutas que desmerecem as leis naturais presentes na natureza. Num dos depoimentos do filme, uma verdade incontestável: o mundo não vai acabar, quem vai terminar é a população, as gerações, ele se renova, sobrevive.
A Última hora dura 1h30, mas nem percebemos o tempo passar. A narrativa é rápida, as imagens se sobrepõem aos montes e somos bombardeados com tantas informações e questionamentos que é quase impossível assimilá-las por inteiro.
Talvez seja redundante, mas vale ser visto e revisto. Na sessão em que vi, havia apenas eu e uma menina, uma pena. O filme tem seus méritos e tal esforço não deve ser menosprezado. Confira.
Título Original: The 11th Hour
Gênero: Documentário
Duração: 95 min.
Ano: EUA - 2007
Distribuidora: Warner Independent Pictures
Direção: Nadia Conners e Leila Conners Petersen
Roteiro: Nadia Conners, Leila Conners Petersen e Leonardo