Memorial do Convento - resumo XI e XII
Passados 3 anos o padre Bartolomeu Lourenço regressa da Holanda, onde tinha ido em busca do segredo do éter que era necessário saber para fazer voar a sua máquina. Foi primeiro até Lisboa a S. Sebastião da Pedreira, local onde estava a ser construída a sua máquina que se encontrava ao abandono, até já com os ferros enferrujados, embora Baltasar passasse por lá de vez em quando tal como ele lhe tinha pedido.
Passadas algumas semanas Bartolomeu Lourenço parte para Coimbra, passando antes por Mafra para visitar Baltasar e Blimunda, e também para observar a construção do convento. Quando chegara a Mafra foi perguntar a um pároco se conhecia a família dos Sete-Sóis e se sabia onde se encontravam, ao que ele respondeu que eles tinham um terreno ao lado de um dos seus, lá no alto da Vela. Mal o padre chegou á casa dos Sete-Sóis Blimunda reconheceu-o pelo seu vulto, e abriu-lhe de imediato a porta, cumprimentando-o com um beijo na mão. Já mais tarde, acabam por chegar Baltasar e seu pai também. Nesse dia apenas combinaram se encontrar cedo na manhã seguinte, para poderem falar sobre o que o padre descobriu em Holanda, antes dele partir para Coimbra.
Bartolomeu Lourenço acaba por dormir nessa noite em casa do pároco Francisco Gonçalves, onde ainda praticamente de madrugada, recebe então Baltasar e Blimunda (em jejum).
O padre revela-lhes que o éter vive dentro dos homens e das mulheres, tendo Baltasar concluído que se tratasse da alma. Bartolomeu diz que também foi isso que ele pensara ao início, porém, o éter compõe-se das vontades dos vivos, que é uma nuvem fechada, situada acima da boca do estômago. Então, deixa encarregue Blimunda de ver as vontades nos outros como só ela consegue e de as recolher para um frasco de vidro que o padre trazia, com âmbar no fundo, que vai acabar por atrair o éter para dentro. Já Baltasar fica encarregue de acabar de construir a máquina.
Logo de seguida, Bartolomeu Lourenço parte para Coimbra para aprofundar os seus