Crítica ao Modelo Marxista
Segundo Fukuyama, umas das mais profundas necessidades do homem é o desejo de evolução e reconhecimento do seu status, aspiração essa que somente se satisfaria no Estado liberal, uma vez que este propicia condições ilimitadas de crescimento econômico e acesso aos bens de consumo, deixando em desvantagem o modelo comunista, que impõe limites ao poder de consumo visando uma divisão igualitária dos bens e riquezas.
Para Fukuyama, a universalidade do Estado liberal resolveria os conflitos de classe e traria melhores condições econômicas para grupos sociais ou países, pois seria garantido o reconhecimento a todos os cidadãos. Embora surgissem novas classes sociais baseadas no status econômico e educação, a mobilidade entre estas também seria maior.
Fukuyama classifica o comunismo como um regime autoritário, dentro do qual, ao contrário do modelo liberal, o Estado é forte e utilizado como instrumento de controle da vida privada. Diante disso, os burocratas do Estado possuem o poder de utilizá-lo para os fins que desejarem, inclusive para a satisfação de seus próprios interesses.
Para legitimar o seu poder, “o estado totalitário pretendia refazer o próprio homem [...], mudando a estrutura de suas crenças e valores por meio do controle da imprensa, da educação e da propaganda.” (FUKUYAMA, 1992, p. 45). Entretanto, Fukuyama afirma que tais regimes fracassaram na tentativa de controlar o pensamento humano, uma vez que os cidadãos, em algum momento, percebem que suas necessidades