A tradição marxista a partir do movimento de reconceituação e o seu arcabouço teórico metodológico nos anos 80 e sua influencia na práxis profissional.
A tradição marxista a partir do movimento de Reconceituação e o seu arcabouço teórico metodológico nos anos 80 e sua influencia na práxis profissional.
Acerca da denominação “tradição marxista”, nos remetemos as produções de inspiração marxianas e que, portanto se fundamentam, ou procuram fundamentação no materialismo histórico e que em comum a Karl Marx, desenvolvem a crítica da economia política de seu tempo. Incluindo ainda nesta denominação as produções vulgarizadas do marxismo com a pretensão de simplificarem o que não se compreende (o marxismo vulgar).
O marxismo é uma ideologia universal e seus laços internacionais são, em muitos aspectos, determinantes. É impossível dar conta da evolução da esquerda marxista no Brasil sem relacioná-la com os acontecimentos mundiais.
O crescimento econômico amparado no endividamento externo entrou em colapso na década de 1980. A crise do capitalismo nos países centrais, relacionada ao duplo choque do petróleo nos anos 1970 e ao esgotamento do modelo taylorista-fordista nas relações de trabalho, expressava a desaceleração da economia nos anos 70. Isso resultou, entre outros fatores, no aumento das taxas de juros internacionais. A incapacidade de manter o crescimento artificial potencializou o descontentamento da burguesia industrial. O fim das altas taxas de lucro minou o respaldo que as várias frações da burguesia davam à ditadura militar.
O modelo de crescimento brasileiro tornou-se insustentável. A dívida externa tornara-se alta demais para ser paga e os juros elevados tornaram impraticável o seu financiamento. Os empréstimos externos ainda foram mantidos por algum tempo, mas mal dava para cobrir os juros a serem pagos sobre a dívida acumulada. Em 1982, diante da crise do