CrossFit E O Risco De Les O
Especialistas ainda são cautelosos para associar o CrossFit a um risco maior de lesões. O que se vê nos consultórios é um número crescente de adeptos que precisam de ajuda após se machucarem. Na literatura científica existem poucos estudos sobre o tema, mas um deles - que entrevistou 132 praticantes - mostra que 73,5% sofreram algum tipo de lesão pela prática da modalidade
Valéria Mendes - Saúde Plena Publicação:25/02/2015 09:30Atualização:25/02/2015 10:56
Uma busca rápida na rede mundial de computadores nos mostra uma série de artigos que associam o CrossFit a um risco maior de lesões e até a uma doença grave chamada rabdomiólise, que, em linhas gerais, é um estado de saúde que afeta o funcionamento celular em razão da destruição das fibras musculares. Praticada nos Estados Unidos desde 1980, mas relativamente nova no Brasil, a modalidade ganha cada vez mais adeptos e as clínicas de reabilitação, mais pacientes. Fora do âmbito da especulação ou mera observação, não existem estudos consolidados na literatura científica que comparam, por exemplo, os riscos da prática do CrossFit com a musculação. Um dos poucos que já foram publicados mostra que entre 132 adeptos do esporte, 73,5% sofreram algum tipo de lesão. Desses, sete precisaram de algum tipo de cirurgia.
Intitulado The nature and prevalence of injury during CrossFit training (ou, em tradução livre, A predominância e os tipos de lesões durante treinos de CrossFit), a pesquisa foi publicada em novembro de 2013 no Journal of Strength and Conditioning Research Publish Ahead of Print e mostra que as lesões de ombro e coluna são as mais comuns entre os praticantes.
Os autores Paul Taro Hak, Emil Hodzovic e Ben Hickey foram os primeiros a relatar o tipo e a incidência de lesões em atletas de CrossFit. A idade média dos entrevistados variou entre 19 e 57 anos; 70,5% dos entrevistados eram homens; 29,5% mulheres e a média do