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A história de Cinderela é muito antiga, não sendo possível precisa onde surgiu visto que perpetuou-se através da narrativa oral. Sabe-se, porém que foi essencialmente contada na Europa, época em que não havia luz e os serões noturnos eram a diversão da época. As histórias, então, agradavam, distraíam, alegravam. Naturalmente, com o tempo, muitas histórias modificaram-se até que pudessem ser registradas no papel, porém nunca perderam o divertimento, a magia e o encantamento, tendo sua presença registrada no imaginário infantil até os dias de hoje. Cinderela é um conto de fadas. Os contos de fada possuem muito simbolismo, apresentam a busca pela felicidade, encontro do amor, da riqueza e um “que” de magia, e é claro, uma dificuldade a ser vencida. Fadas, duendes, bruxas, animais que falam, poderes extraordinários, sapos que viram príncipes... todos esses fatores interagem com o nosso imaginário a ponto de torcermos pela vitória dos personagens bons. No imaginário infantil feminino, Cinderela é uma dos primeiros contos de fada a ser aprendido e sonhado. Perrault, no final do século XWII(1697), seguido pelos irmãos Grimm no século XIX recolheram os contos de fadas da narrativa oral e os publicaram, segundos de outros pesquisadores que também passaram a valorizar as histórias do povo. Tratando as especificidades de Cinderela, sabe-se que sua origem mais remota é uma versão contada na China (COELHO, 1987), país no qual os pés pequenos são considerados um sinal de beleza. Quem introduziu a presença textual de uma fada madrinha foi Perrault, visto que anteriormente, como no texto em questão, Cinderela recebe a ajuda de sua mãe , cujo o espírito se materializa sob forma de animal. Na versão dos irmãos Grimm, é que a história é contada como a do texto que por ora analisamos. Essa versão não se propagou tão intensivamente por se julgar durante muito tempo que possuía elementos muito