Critério de demarcação proposto por Kuhn
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O critério de demarcação é um critério explicado por Kuhn para substituir os critérios indutivista e falseacionista. Kuhn apresenta isso como a rota para a ciência normal, na qual, segundo ele, significa a “pesquisa firmemente baseada em uma ou mais realizações cientificas passadas”. Para Kuhn, existe uma fase pré-paradigmática, a pré-história de uma ciência, na qual existe um fenômeno a ser analisado e pesquisado e, além disso, vários grupos diferentes de pesquisadores. Cada grupo possui uma visão diferente de como estudá-lo, defendendo uma explicação, uma teoria, de como, porque e qual fenômeno foi relevante para que houvesse aquela mudança. Existe, portanto, uma ampla divergência entre os pesquisadores ou grupos de pesquisadores. Para o autor, nessa fase a disciplina ainda não constitui uma ciência. A partir desse momento haverá opiniões que serão mais relevantes e com maior aceitação. Este grupo passa a se chamar então de Comunidade Científica e a aceitação de um paradigma (ou vários) começa a separar o conhecimento de pessoas comuns e as pessoas já adeptas de tais conceitos básicos. Obras começam a ser realizadas com foco apenas para pessoas que já possuem um conhecimento anterior sobre o assunto, que de maneira geral, se aproximam muito de um consenso. Assim, o momento onde ocorre a aceitação de algum paradigma, é o momento onde novas obras já partem considerando certo conhecimento prévio dos leitores sobre determinado assunto, o momento em que estudiosos podem focar suas atenções a assuntos mais exotéricos e não necessita revisar todo o embasamento teórico para sua obra, esse se torna o principal critério para a determinação de que um campo de estudos se tornou de fato uma ciência. Onde a maioria dos embates envolvem coisas mais complexas partindo de uma certa “base” criada anteriormente.