crise no oriente medio
Primavera Árabe e conflitos no Oriente Médio
A Primavera Árabe
A chamada “Primavera Árabe” é uma série de protestos sociais que se espalhou pelo Oriente Médio e pelo Norte da África. Seu início deu-se na Tunísia, no final de 2010, e espalhou-se para Egito, Líbia, Bahrein, entre outros lugares, durante o ano de 2011. O objetivo comum era a mudança dos sistemas políticos em vigor na região, fossem eles ditaduras ou monarquias, contudo há grandes diferenças de eficácia e de características dos movimentos em cada país onde a Primavera Árabe está acontecendo.
Dentro do escopo da luta comum contra regimes autoritários, clamou-se pela construção de regimes democráticos na região, porém decorreu-se daí um debate bastante amplo se a democracia de facto seria verdadeiramente alcançada, uma vez que o Oriente Médio e o Norte da África possuem diversos obstáculos que bloqueiam o caminho democrático, tais como conflitos religiosos, desigualdade econômica e, principalmente, grupos relevantes da população que são favoráveis ao Estado fundamentalistas.
A primeira análise que deve ser feita para verificar-se a possibilidade de democracia genuína no Oriente Médio e no Norte da África, é sobre o conceito de regime democrático. Uma democracia plena não é construída apenas com votos e eleições regulares e temos como exemplo empírico disto países como a China e Coréia do Norte, onde ocorrem pleitos constantemente, mas que são vistos de fora como ditaduras totalitárias, quase de forma unânime. É necessário que haja um ambiente democrático ao redor das eleições, composto por liberdade de expressão, liberdade de opinião, acesso amplo à educação, respeito aos direitos humanos, mídia independente e, claro, um Estado de Direito.
A parte dos votos já foi conquistada pelos povos de alguns países, que começaram os protestos primeiro e já obtiveram sucesso na derrubada dos ditadores locais, caso do Egito e da Tunísia. No último,