Crise na Venezuela
A Unasul, organização que possui 12 países sul-americanos decidiu criar uma comissão formada pelos respectivos ministros de Relações Exteriores, para tentar criar um consenso e estabilizar a crise que ocorre na Venezuela em decorrência da onda de protestos contra o governo do presidente Nicolas Maduro, onde mais de 30 pessoas morreram. Esta comissão tem por função tentar abrir uma linha de diálogo entre a oposição e o governo, pondo um fim a onda de violência que o país passa.
A criação da comissão não foi bem vista pelos opositores, que segundo reportagem do jornal “A Folha de São Paulo” de 14 de março de 2014, o inimigo do diálogo é o governo e que “a impressão é que se trata de uma missão que vem apoiar o governo”.
Tais fatos têm gerado grande repercussão internacional, principalmente no que diz respeito a violação dos Direitos Humanos, como violência policial, perseguição a jornalistas ou detenções arbitrárias, que resultou em um pedido da Anistia Internacional para que governo e oposição se comprometam contra a violência.
Há ainda uma crítica muito grande ao governo devido a prisão militar do líder da oposição Leopoldo López, que se entregou as autoridades e segundo Lilian Tintori, mulher do preso, em entrevista ao jornal “O Estado de São Paulo” publicada em 04 de abril de 2014, “se entregou a uma justiça injusta”.
Podemos observar uma série de fatores que nos ajudam a entender a atual situação da Venezuela, herança do governo de Hugo Chávez como: a inflação em altas, desde antes de Chávez chegar ao poder, porém os elevados gastos de verba pública juntamente com uma política expansionista e estatizante fez com que a alta dos preços atingisse níveis absurdos; o desmonte das instituições, onde ele desmontou o senado com a criação de uma constituição que permitia governar por decreto; a imprensa também foi censurado ao não se renovar contrato com o maior canal de televisão venezuelano, a RCTV; a decadência da PDVSA, Petrobrás