Crise Atual Na Venezuela
A Venezuela enfrenta uma grave crise que envolve, entre outros fatores, inflação alta, desabastecimento e total insatisfação de grande parte da população contra o governo de Nicolás Maduro, no poder desde abril de 2013. Desde fevereiro de 2014, o país é palco de confrontos violentos entre forças do governo e manifestantes. A crise já deixou dezenas de mortos, feridos, presos e torturados.
O País
Localizada no norte da América Latina, a Venezuela é conhecida por sua indústria de petróleo, além da biodiversidade e recursos naturais abundantes.
Economia
Há mais de uma década, a economia venezuelana sofre com a inflação mais alta da região (chegou a 56,2% em 2013). Ainda em 2003, o governo de Hugo Chávez (presidente de 1998 a 2013) adotou medidas como congelamento de preços da cesta básica e controle cambial, a fim de frear a saída de recursos do país e aumentar os preços.
No entanto, tais medidas tiveram alguns efeitos colaterais como o desabastecimento - em supermercados e no comércio -, além do surgimento do mercado negro (tanto de mercadorias, como de câmbio), o que agravou a situação. O endividamento do governo chegou a 51% do PIB e a dívida pública externa oficial está em US$ 107 bilhões, sem contar a dívida da PDVSA (estatal de petróleo e gás), uma conta que pode chegar a US$ 140 bilhões.
Violência
Com uma das taxas de homicídio mais altas do mundo, a violência é uma das causas da revolta da sociedade venezuelana, que reclama também da impunidade aos infratores. Além disso, cidadãos apontam as milícias armadas como parte responsável pelo atual cenário.
Desde fevereiro de 2014, a população está nas ruas e se divide entre apoiadores e opositores do atual governo de Nicolás Maduro, que tenta frear os protestos e alega que sua administração estaria enfrentando uma “tentativa de golpe de nazifascistas” INÍCIO DOS PROTESTOS
Insatisfeitos com a insegurança e a deterioração econômica, alguns estudantes da cidade de Táchira, oeste da