Crise Na Crimeia
A Crimeia faz fronteira com a região do Kherson a norte, com ao Mar Negro ao sul e ao oeste, e com o Mar de Azov ao leste. Tem uma área de 26 000 km², com uma população de 1,9 milhões de habitantes (2005). Sua capital é Simferopol.
Conecta-se ao resto da Ucrânia pelo istmo de Perekop, com uma largura de 5 a 7 quilômetros. No extremo oriental encontra-se a península de Kerch, que está diretamente em face da península de Taman, em terras russas. Entre as penínsulas de Kerch e Taman encontra-se o Estreito de Kerch, com 4,5 a 15 km de largura, que liga o Mar Negro ao Mar de Azov.
A costa da Crimeia é repleta de baías e portos. Esses portos encontram-se no lado ocidental do Istmo de Perekop, na Baía de Karkinit; no sudoeste, na baía aberta de Kalamita, com os portos de Eupatória, Sebastopol e Balaclava; na Baía de Arabat, no lado norte do Istmo de Yenikale ou Kerch; e na Baía de Caffa ou Teodósia, com o porto homônimo no lado sul.
A Crimeia e conhecida como o celeiro da Europa. Além de ser um ponto estratégico militar e passagem do gasoduto vindo da Rússia, que fornece gás natural para toda a Europa. E sua geografia contempla vários portos facilitando assim o escoamento de sua exportação e produtos vindos do Mar de Azov.
Em 1954, por decisão de Khrushchov, a Crimeia deixou de ser parte da República Socialista Federada Soviética da Rússia, para passar a integrar a RSS da Ucrânia como presente de comemoração do 300 anos de amizade entre a Rússia e a Ucrânia. Com o colapso da União Soviética, a Crimeia tornou-se parte da recém independente Ucrânia, uma situação ressentida por parte da população de maioria russa e causadora de tensões entre a Rússia e a Ucrânia. Com a Frota do Mar Negro baseada na península, houve apreensões de conflito armado.
Em 2004, Viktor Yanukovych, então primeiro-ministro, foi declarado vencedor das eleições presidenciais, que tinham sido largamente manipuladas, como o Supremo Tribunal da Ucrânia constatou