Crise Mexicana
Tratou-se de uma crise de balança de pagamentos associada a especulação financeira e fuga de capitais[carece de fontes], resultantes de uma crise política interna do México. Até esse momento, a economia mexicana era uma referência para o sistema financeiro internacional, por ser considerado um país moderno e alinhado as reformas do consenso de Washington, tendo recebido grande quantidade de investimento externo.
Com a crise política resulta numa crise de confiança e na desestabilização da economia e uma fuga dos investimentos para o exterior.
A relação entre o déficit e a conta-corrente e a taxa de câmbio representou um círculo vicioso no modelo econômico do México. No início da administração de Carlos Salinas(1988-1994), o Ministério da Fazenda adotou uma crawling peg (sistema de desvalorização progressiva e controlada de uma moeda, implementado pelas autoridades monetárias de um país na tentativa de ajustar o tipo de câmbio às variáveis de inflação e juros), uma faixa restrita dentro da qual o peso ficava atrelado ao dólar e podia sofrer ligeiras flutuações diárias. Como a inflação mexicana aumentou muito acima da dos EUA, o impacto da crawling peg foi uma valorização gradual porém cumulativa da moeda. Como a crawling peg não conseguiu impedir a supervalorização do peso, as importações ficaram mais baratas e déficit em conta-corrente aumentou drasticamente. Como resultado, *a exceção das indústrias da cerveja e do cimento, todo o parque industrial mexicano foi arrasado pela produção importada, melhor e mais barata.
Para cobrir o desequilíbrio comercial o Banco Central foi forçado a comprar grandes quantidades de dólares, o que por sua vez, exigiu que o Estado abrisse o mercado de títulos aos investidores