Crise grega
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A Grécia vem adotando medidas de austeridade que vão ao encontro das exigências da "troika" - o grupo de negociadores internacionais formados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu (BCE) e União Europeia - para liberar o empréstimo de 130 bilhões de euros que o país precisa para não quebrar. O acordo também prevê que credores privados irão baixar os juros cobrados do Tesouro grego, o que na prática significa o perdão ao equivalente a 100 bilhões de euros da dívida grega.
Em contrapartida, a Grécia têm até o final de fevereiro para aprovar cerca de 80 medidas impostas pela "troika". Entre elas, estão incluídos cortes de mais de 3,3 bilhões de euros nos gastos públicos, a liberalização dos mercados de serviços e de produtos e a flexibilização das leis trabalhistas.
O governo grego também terá de incluir em sua Constituição uma cláusula dando prioridade ao pagamento das dívidas antes de qualquer investimento em serviços públicos e estabelecer uma conta especial, separada de seu orçamento, destinada a esses pagamentos.
Entenda, abaixo, como a Grécia chegou nessa situação e quais as medidas em curso para tentar recuperar o país.
Quem está pagando o resgate da Grécia?
Em tese, os governos europeus não estão pagando nada, já que o pacote de 130 bilhões de euros vem na forma de um empréstimo.
O dinheiro será emprestado a uma baixa taxa de juros, mas ainda acima do custo de tomada de empréstimos de países como Alemanha e França.
Ao contrário dos governos europeus, os credores privados - como bancos europeus - vão perder bastante dinheiro.
Pelo acordo, eles vão ter que aceitar uma redução entre 50% e 70% do dinheiro que emprestaram para a Grécia no passado.
O problema é que a economia grega está em estado tão frágil que mesmo esta redução nas dívidas não será suficiente para diminuir o tamanho da dívida grega para que ela possa ser paga no longo prazo.
Por isso, os líderes