RESUMO ACERCA DA CRISE GREGA
A crise da dívida grega é uma situação que vem se desenhando há anos, e que, agora, caminha para o seu pior momento. O desenrolar desta história é complexo e demanda a análise de vários fatores que concomitantemente construíram um cenário político, social e principalmente econômico instável e que chegou, praticamente, nas últimas semanas, ao fundo do poço. Esses diferentes fatores como desemprego, economia fraca, fuga de capitais, empréstimos constantes e de valores exorbitantes, corroboraram para que a situação chegasse a esse patamar hoje visto.
Comecemos com o contexto histórico que permeia essa crise. Na última década os déficits do balanço de pagamentos gregos foram constantes, e crescentes em grande escala. Diversos fatores foram causadores. Os altos salários do funcionalismo, por exemplo, que praticamente dobraram. Ademais, o constante déficit comercial, que resulta da maior importação frente à exportação. Também ajudaram neste cenário os gastos de governo, que aumentaram muito frente à arrecadação (o que está atrelado também ao aumento de gastos com pessoal, como antes citado). Não obstante, a crise econômica mundial de 2008, que até hoje não foi vencida ainda, veio a corroborar com a crise econômica grega que vinha se desenhando anteriormente, com o produto interno bruto (PIB) caindo cerca de 25% na última década.
Na tentativa de diminuir as consequências da situação anteriormente citada, o governo grego recorreu a empréstimos ao Banco Central Europeu (BCE) e ao Fundo Monetário Internacional (FMI). Em meio a esse turbilhão econômico, a incerteza e o medo fizeram com que investidores externos retirassem capital da Grécia para aplicar em cenários mais confiáveis, ocorrendo, a chamada fuga de capitais. Em consonância a isso, a produção industrial caiu, o que levou a um nível elevado de desemprego. Atualmente, há 25% de desemprego, ou seja, a cada 4 gregos em idade ativa, 1 está desemprego. Há, portanto um efeito cascata,