Crise do Império Romano
A grande extensão territorial do Império Romano e a sua vasta riqueza proveniente da cobrança de tributo de suas províncias, despertou a cobiça de muitos. A dificuldade em administrar todos os seus domínios levou os imperadores romanos buscarem alternativas que nem sempre tinham sucesso. As disputas internas pelo controle do Império Romano resultou no enfraquecimento de suas fronteiras, facilitando a invasão para os povos germânicos. O Imperador Teodósio, no século IV, dividiu o Império em dois para facilitar a administração: Império Romano do Ocidente (Capital: Roma) e Império Romano do Oriente (Capital: Bizâncio). Essa medida não impediu o avanço dos povos germânicos, que ocuparam a capital Roma, pondo fim ao Império Romano do Ocidente no ano de 476 d.C.. O Imperador Constantino assumiu o Império do Oriente, tornou o cristianismo religião oficial do Império e substituiu o nome da capital Bizâncio para Constantinopla. Foi um Império caracterizado por possuir traços da cultura romana do Ocidente e heranças culturais gregas e asiáticas. No século III, observamos o desenvolvimento de uma grave crise que influenciaria enormemente na desintegração do Império Romano. Tomado por um território de grandes proporções, o Estado não conseguia manter sua hegemonia político-administrativa entre os vários povos que estavam sob o seu domínio. Ao mesmo tempo em que as riquezas obtidas eram imensas, os problemas e gastos também se manifestavam em semelhante proporção.
O cenário veio a se agravar com a crise do sistema escravista, desencadeada pela ausência de novos territórios a serem conquistados e que, por sua vez, garantiriam o fornecimento da enorme força de trabalho que sustentava o Império. Com o passar do tempo, a falta de escravos determinava um natural processo de retração econômica, já que os proprietários de terra não poderiam arcar com a exploração de todas as terras disponíveis para a atividade agrícola;