A crise do Império Romano
O sistema econômico, social e político do Império Romano funcionou bem nos dois primeiros séculos da Era Cristã. A partir do século lll, começou uma crise que levou o sistema à desintegração no século V.
O escravismo
Na época de Augusto o sistema econômico era baseado no trabalho escravo. A produção vinha toda das grandes propriedades, os latifúndios, eles tinham muito lucro. O governo arrecadava os recursos com que pagavam a administração pública, com exceção da Itália que não pagava impostos.
Os legionários tinham um papel importante, suas expedições abasteciam o Império de escravos. Com a falta de escravos, diminuiu a produção nos latifúndios, a partir daí deu8-se início a crise no século lll.
Três fatores importantes explicam esse fato:
Fator Militar
Para garantir boa produção era preciso haver escravos baratos e em abundância, mas as guerras ofensivas diminuíram à partir do início do Império. O número de escravos caiu e o preço subiu, o trabalho escravo chegava a dar prejuízo.
Fator Religioso
Os cristãos eram muitos no éculo lll e consideravam a liberdade um dom natural, e a libertação dos escravos um ato de piedade que contribuía para a salvação da alma.
Fator Econômico
No século lll os latifúndios começavam a se dividir em pequenas propriedades e manter muitos escravos às vezes era um prejuízo, pois custava toda a produção do latifúndio. As invasões bárbaras facilitavam a fuga.
O colonato e a ruralização
Como o Estado Romano tinha que fazer frente às suas despesas aumentaram-se os impostos. A reação inevitável foi a diminuição das atividades comerciais, favorecendo o aumento de números de vilas romanas (unidades rurais de produção), organizada para realizar uma economia de auto consumo, fugindo assim do uso de moedas e dos impostos imperiais. Essa ruralização econômica atraiu mão-de-obra que vivia nas cidades, ocorreu um êxodo urbano