Crise do feudalismo
Relações Comerciais
A partir do séc. XI é que o comercio se generalizou, sua penetração combinou-se com o crescimento da produção local destinada ao mercado, com a progressiva substituição das oficinas confiadas aos servos na reserva senhorial para a fabricação de objetos de uso corrente pelas oficinas urbanas. (Santiago, PP. 39)
Os burgos começam a mostrar sua força de capital, sendo importantes para a manutenção da nobreza. Com a crise do feudalismo nos séc. XIV e XV, as grandes burguesias enriquecidas vivem daí em diante de rendas, ou compram as terras dos endividados senhores feudais.
O grande comércio foi uma força criadora, que engendrou um sistema de produção para a troca, coexistindo com o antigo sistema feudal de produção para o consumo, estes dois sistemas começaram, naturalmente, a se influenciar reciprocamente. O feudalismo por ser um sistema com forte tendência a dominação e estratificação nos modos de produção, fez com que o comercio e a industria se desenvolvesse fortemente nas cidades, fazendo com que os servos abandonassem os feudos e viessem vender sua força de trabalho, fortalecendo ainda mais o processo de acumulação primitiva, fortalecendo o comércio local e que começava a se abrir para o mundo com o avanço da expansão marítima e colonial.
Uma nova era se abria para o capital mercantil, mais fecunda que a das republicas mediterrâneas da Idade Média, porque dessa vez constituía-se um mercado mundial e seu impulso afetava todo o sistema produtivo europeu, e porque grandes Estados e não mais simples cidades, daí iriam aproveitar-se para se constituírem. (Santiago, p.41)
No séc. XIII Veneza e Genova tinham criado verdadeiros impérios comerciais. A base econômica das cidades italianas – consideradas o exemplo mais típico de economia medieval, pois o comercio, as finanças e a indústria que funcionavam de maneira integrada, os bancos financiando a industria e a exportação. A