Crise de 1929
É então anos 30 que o capitalismo liberal conheceu no mundo a sua maior e trágica crise. Iniciou-se nos EUA e estendeu-se a toda a Europa. Em 1928 os norte-americanos acreditavam que o seu país atravessava uma fase de prosperidade infindável, no entanto, essa prosperidade revelar-se-ia precária. Os sectores tradicionais e fundamentais da economia não conseguiam recuperar da crise de 1920. Devido ao desenvolvimento da mecanização e racionalização do trabalho persistia um desemprego crónico. Por sua vez, a agricultura mostrava-se pouco compensadora. As produções excedentárias originavam preços baixos e queda de lucros. Também uma política de facilitação de créditos mantinha o poder de compra americano onde a maior parte das transacções era feita com base no crédito e no pagamento em prestações. Também a credito se adquiriam as acções que os americanos detinham nas empresas, num jogo perigoso. Os bancos estimulavam esta especulação bolsista e muitos eram os que na bolsa investiam, onde precisamente se ira manifestar o primeiro sinal de crise. O pânico instala-se a 24 de Outubro, a “quinta-feira negra” quando 13 milhões de títulos foram postos no mercado a preços baixíssimos e não encontraram comprador. A 29 de Outubro, foi a vez de 16 milhões de acções conhecerem o mesmo destino. A catástrofe ficou conhecida como o crash de Wall street, onde milhares de accionistas conheceram a ruina. Em consequência disto, também os bancos deixam de ser reembolsados. Com as falências bancarias a economia paralisa e a base da prosperidade americana – o credito – terminou. Muitas empresas e fábricas faliram e o desemprego disparou. A produção industrial contraiu-se e os preços baixaram. Por todo o lado se hipotecavam quintas, abatia-se o gado e destruíam-se produções. Famílias inteiras ficaram na miséria e vagueavam de terra em terra à procura de empregos que não existiam. Nas grandes cidades, sem segurança social, as pessoas formavam