Crise de 1929
A crise de 1929 era conhecida até pouco tempo como a pior crise do sistema capitalista; mais especificamente foi a maior crise do modelo liberal capitalista adotado pelos Estados Unidos e defendido por alguns teóricos, e que repercutiu em todos os países de orientação capitalista da época. A forma como os EUA se posicionavam diante da sua economia foi determinante para a “explosão” da crise. Com o término da Primeira Guerra Mundial os Estados Unidos despontam como grande potência econômica, posto conquistado por ter sido o maior financiador da guerra e por não ter nenhum tipo de destruição em seu território, evidentemente. Com uma Europa amplamente devastada pela guerra, não restou outra hipótese a não ser depender de uma ajuda da potência que se destacava. Devido a isso tudo e à consequente prosperidade econômica, a nação vivia um momento de euforia e entusiasmo. Entretanto, todo esse contexto apresentava contradições que começavam a aparecer. Os Estados Unidos, defendendo a Doutrina Monroe (“A América para os americanos”), começa a se preocupar com questões ligadas ao seu continente apenas e se abdica de uma maior atenção aos assuntos internacionais. É importante destacar que a intervenção norte-americana em seu continente começa a levar a um questionamento em torno da democracia americana, pelo fato do apoio às ditaduras que se implantavam. A falta de atenção com assuntos internacionais faz com que os Estados Unidos percam de certa forma mercados consumidores, de maneira que os investidores centralizaram seus investimentos em negócios internos reduzindo consequentemente o poder de compra das nações, que era proporcionado pelos próprios norte-americanos. As questões econômicas tornavam-se cada vez mais contraditórias, mas como os presidentes republicanos eram comprometidos com o ideário liberal, deixavam a economia resolver suas dificuldades naturalmente pelo próprio mercado, que para eles tinha uma tendência à superação dos problemas