Crise Ambiental
Na medida em que a influência dos movimentos ambientalistas, juntamente com significativas transformações no âmbito da acumulação capitalista, exerce um papel relevante na construção das linhas centrais da passagem de uma “ideologia do desenvolvimento.”
Mas a intensificação, na segunda metade do século XX, dos problemas relacionados à exploração desenfreada dos recursos da natureza e o caráter global que assume a degradação ambiental mobilizaram a atenção para os problemas ambientais em muitos segmentos da sociedade, dando origem ao movimento ambientalista. Segundo Leis, na metade da década de 1960, quando começa o que se conhece como “revolução ambiental norte americana”, cresce progressivamente a preocupação com os problemas da degradação ambiental. Nos anos 70, “tal preocupação expande-se pelo Canadá, Europa Ocidental, Japão, Nova Zelândia, Austrália e culmina na década de 80, quando essa preocupação atinge a América Latina, Europa Oriental, União Soviética e Leste da Ásia” (LEIS, 1996: 90). A partir de 1970, uma série de processos e organizações constitui o movimento ambientalista global: organizações e grupos que lutam pela proteção ambiental, agências governamentais encarregadas desta proteção, grupos de cientistas que pesquisam os temas ambientais
Os anos 50 o ambientalismo praticamente restringe-se ao âmbito acadêmico, pois é pela atividade científica que emerge a preocupação ecológica em escala mundial. A década de 1960 é marcada pelas organizações não-governamentais e a de 1970 destaca-se pela institucionalização do ambientalismo, sobretudo pela Conferência de Estocolmo (1972) A década de 1980 distingue-se pela elaboração e divulgação, em 1987, do documento “Nosso Futuro Comum”, como é mais conhecido o Relatório da comissão especial crida pela Assembléia Geral da ONU
O modelo de diagnóstico e de análise do mencionado