Crise 1929
EUA: da prosperidade à ruina
Ao fornecer alimentos à Europa, o setor agrário dos EUA desenvolvera-se muito até 1919. Durante os dez anos seguintes, o país supriu-se das amplas divisas advindas de seus credores europeus no pós guerra, investindo na indústria de bens de consumo e na pesquisa tecnológica. Áreas de cultivo foram ampliadas, fazendeiros enriqueceram, a produção chegou a níveis impressionantes. Na era do rádio, esse meio de comunicação de massa impressionava pelo seu alcance e pelo seu imenso e crescente público. Por outro lado, as desigualdades sociais continuavam a existir. Os trabalhadores, que fizeram inpumeras greves durante a Guerra, organizavam-se em grupos, agremiações e sindicatos, buscando uma maior integração. A situação econômica começou a mudar a partir de meados da década de 1920, quando a Inglaterra e França, gradualmente quitaram seus débitos e a Europa passou a evitar as importações, tentando reestruturar suas economias de maneira protecionista. Com isso, os EUA enfrentaram uma imensa crise de superprodução. Nas cidades, a mecanização gerara um maciço desemprego e concentrara as riquezas numa restrita camada da elite. Houve, consequentemente uma brusca queda no consumo, que gerou uma crise também no setor industrial.Em uma economia regulada pelo mercado financeiro e pelo consumo, essa situação tornou-se insustentável.
O Crack da Bolsa de Nova York
Em 1929, a especulação financeira, que acompanhou o período da euforia, chegou ao auge: empresários aumentavam virtualmente o valor das ações de seus empreendimentos, gerando a desconfiança dos investidores que colocaram a venda seus títulos. Em 24 de outubro, a principal bolsa de valores do país (Wall Street, em Nova York) quebrou, levando empresas e bancos (cerca de 5.000) à bancarrota. Milhões de pessoas perderam seus empregos, os preços caíram vertiginosamente e o índice de suicídios foi alarmante, jogando os EUA numa violenta crise financeira.