Criptococcus Neoformans
Segundo Ana Karoline Freire Aves(2007) industriais, domésticas e silvestres têm sido implicadas como possíveis carreadores de fungos patogênicos, tais como Cryptococcus spp. e Candida spp. Em especial, diversos estudos têm detectado a presença de Cryptococcus spp. em fezes de psitaciformes, passeriformes, columbiformes e falconiformes. Até o momento, poucos estudos sobre a criptococose têm sido feitos na região Nordeste, em particular no Estado do Ceará, o que explica o pouco conhecimento a respeito da epidemiologia, rota de infecção e diagnóstico da criptococose animal e humana no nosso meio. No que diz respeito às variedades de C. neoformans aqui existentes e seus perfis de sensibilidades aos antifúngicos, os dados são praticamente inexistentes, especialmente sobre a classificação sorológica. Além disso, deve ser levada em consideração a importância da busca de metodologias alternativas no estudo da doença, como, por exemplo, o uso de marcadores biológicos, não imunes.
Segundo Faganello,outras características do parasito que contribuem para sua virulência incluem a secreção de proteinases, fosfolipases extracelulares e produção de manitol. Acredita-se que as proteinases contribuam para a virulência, degradando proteínas dos tecidos do hospedeiro, como colágeno, elastina e fibrinogênio, e/ou destruindo proteínas com funções imunológicas importantes, como imunoglobulinas e fatores do complemento. A levedura ainda pode produzir uma enzima fenol oxidase, identificada como uma lacase, que pode sintetizar melanina a partir de precursores com L- e D- Dopa, dopamina, epinefrina e norepinefrina.
Antes de 1981, a criptococose era uma doença rara e, já no início dos anos 90, tornou-se epidêmica em