Criminologia
1. Conceito
A criminologia é a aplicação das ciências humanas e sociais na tentativa da ressocialização do criminoso e na prevenção da delinquência.
Criminologia significa estudo do crime e a palavra deriva do latim crimem (crime ou delito) e do grego logo (tratado). O fundador da criminologia foi o médico psiquiatra e professor Cesare Lombroso (1836-1909), utilizando-se na época da denominação antropologia criminal. O termo criminologia foi utilizado pela primeira vez em 1879 pelo médico e antropólogo francês Paul Topinard (1830-1911).1 Trata-se de uma ciência que se preocupa em estudar as causalidades dos fenômenos da realização do crime, observando a ética, os juízos de valor, os meios sociais, a hereditariedade, entre outros fatores. Por ser uma ciência plural, busca o conhecimento científico de outras ciências, como a psicologia, sociologia, medicina legal, criminalística, direito, etc.
Segundo Jason Albergaria, apoiado em Ellenberger e Szabo: “a criminologia figura no grupo das ciências complexas, como a Medicina. Não são ciências puramente teóricas, o seu sentido estaria na sua aplicação prática: A medicina, na terapêutica e higiene pública; a Criminologia na ressocialização e na profilaxia”.2 Para Renato Posterli, “A Criminologia é ciência interdisciplinar que se preocupa com a causalidade dos fenômenos reais da realização do crime e da luta contra ele. É o estudo interpretado do delito, para alguns autores, colimando os fatos que com ele se relacionam.”3
As principais características da criminologia moderna, de acordo com Antônio García-Pablos Molina e Luiz Flávio Gomes, citados por Lélio Braga Calhau são:
“Parte da caracterização do crime como “problema” - face humana e dolorosa do crime; Amplia o âmbito tradicional da Criminologia (adiciona a vítima e o controle social ao seu objeto); Acentua a orientação “prevencionista” do saber criminológico, diante da obsessão repressiva explícita de outros