crime
A violência urbana, que faz vítimas todos os dias, em pequenas ou grandes cidades, e consiste em assaltos, agressões físicas, seqüestros relâmpagos, extorsões mediante seqüestro, furtos, chantagens, homicídios e tantos outros delitos, não é nova, a não ser quanto aos instrumentos empregados na execução, hoje muito sofisticados. Atualmente, sua natureza e suas formas de manifestação expressam-se conforme as condições sociais e econômicas das cidades, consideradas estas os aglomerados urbanos com mais de 25 mil habitantes [1].
Assim, nas populações desenvolvidas, são cometidos em maior número delitos contra o patrimônio, enquanto nas pobres e em desenvolvimento, mais comuns são os contra a pessoa, como lesões corporais e homicídios.
Experiências com ratos demonstram que, agrupados em pequeno número, os roedores não se lesam uns aos outros. Quando, entretanto, é maior o número de animais nas gaiolas dos laboratórios de experimentos, estudos e pesquisas, aumentam os ataques entre eles, chegando até à formação de quadrilhas para, mediante violência, subtrair alimentos dos outros. No plano da humanidade, quanto maior o número de habitantes em uma cidade, mais intensa torna-se a violência urbana criminosa. Nos idos de 1970, as cidades somente começavam a apresentar situações de delinqüência urbana quando atingiam 200 mil habitantes, e os prédios,
5 andares. Hoje, em face do avanço da tecnologia e dos meios de comunicação e transporte, esse número tem diminuído significativamente. Em certos casos, devido à repressão policial, há migração de criminosos para zonas em que a atividade persecutória é menos intensa, abarcando regiões inteiras, compostas de várias comunidades. 30
É o que ocorre em determinadas regiões do Estado de São Paulo, nas quais, décadas atrás, passavam-se anos e anos sem a prática de homicídios, roubos e latrocínios. Nos dias atuais, a taxa de ataques físicos tem aumentado cerca de 30%.
Exemplo