Crianças e adolescentes em situação de risco
A palavra "risco" deriva-se do latim resecare - "cortar". Então se pode se entender que as crianças e adolescentes em estado de risco são cortadas quando perdem seus direitos e suas potencialidades (Abreu, 2001). Posto isso este texto tem como objetivo apresentar uma crítica a respeito da situação da criança juvenil, abordando a história do Brasil para se chegar à atualidade com um embasamento sólido. Levantamento de dados da realidade dessas crianças vem para conscientizar, e sustentar a importância dos seus cuidados, ainda será explanado as leis que as protegem, e qual o papel das instituições, com enfoque no Estado e Conselho Tutelar. Além da finalidade de prevenção e conscientização do problema, justificado pela importância dessa geração, que é uma grande parcela do Brasil futuramente.
Na história do Brasil desde a vinda dos portugueses ao Brasil a criança já sofria sérias alterações de um desenvolvimento saudável. Quando os portugueses vieram para o Brasil, já traziam crianças reféns para trabalharem substituindo adultos, além dos colonos violentarem as meninas sexualmente, fazendo-as esposa. Era vantajoso para os colonos, pois se resolveram o problema de investidores, comum da época, de manter uma grande quantidade de marinheiro em alto-mar, além de consumirem pouco alimento. Durante a escravidão a criança tinha uma infância curta, aos 8 anos era tirada de sua mãe para ser incluída aos comportamentos sociais, tanto com os escravos quanto aos senhores da terra, e já experimentava humilhações e castigos físicos. No final do século XIX se inicia a industrialização, aliado a imigração, e intensificando a divisão do trabalho e consequentemente a desigualdade social, na mesma proporção também se aumentava os cortiços, as pestes e as epidemias. A criminalidade crescia, e a criança não era mais punida por uma entidade de disciplina, mas uma entidade de caráter industrial: a pedagogia do trabalho. (ALBERTO, 2008).
O