A inserção da criança surda em classe de crianças ouvintes. Desde cedo à criança ouvinte tem a oportunidade de conviver com a língua utilizada por sua família. O interlocutor adulto colabora para que a linguagem da criança flua, favorecendo oportunidade de aprender e identificar aspectos importantes da língua na qual ela está sendo imersa e que irá se adaptar ao longo do desenvolvimento. As crianças surdas por sua vez, não tem acesso à língua utilizada por seus pais (ouvintes); elas permanecem no seu ambiente familiar aprendendo coisas do mundo e da linguagem de forma fragmentada e incompleta por causa de sua dificuldade de acesso a língua a qual está sendo exposta. Entretanto, à maior parte dos surdos atendidos no Brasil não tem acesso à escolarização que atende suas necessidades linguísticas, metodológicos, curriculares sociais e culturais; os surdos encontram-se em classes escolares especiais que atuam em uma perspectiva oralista, as quais pretendem que o aluno surdo comporte-se como um ouvinte, lendo nos lábios aquilo que não se pode escutar,falando,lendo e escrevendo a língua portuguesa. Ou em escolas regulares, inseridos em classes de ouvintes nas quais ele acompanhe os conteúdos preparados e pensados para as crianças, sem que qualquer condição seja propiciada para que tal aprendizagem aconteça. A inserção do aluno surdo no ensino regular é uma das diretrizes fundamentais da politica de inclusão e integração que é entendida como um processo dinâmico de participação das pessoas, legitimando sua interação nos grupos sociais, implicando que a integração escolar seja vista como um processo de formas distintas agindo de acordo com a necessidade dos alunos. Acredita-se que esta integração possibilite a construção de processos linguísticos adequados, de aprendizados dos conteúdos acadêmicos