Resenha
1. INTRODUÇÃO Neste trabalho, teremos como objetivo estudar a aquisição da Língua Brasileira de Sinais (Libras) pelos os pais do Surdo, considerada fundamental para a efetivação do diálogo entre ambos. O diálogo passa a ser então o alicerce fundamental para o fortalecimento da confiança e harmonia nas relações familiares. Desde muito cedo, a qualidade das experiências comunicativas entre pais e filhos exercem influências no desenvolvimento de habilidades comunicativas das crianças. Diferenças do estilo linguístico dos pais, em termos de elaboração da linguagem, tem importante relação com o desenvolvimento das habilidades linguísticas das crianças no decorrer do seu crescimento. A criança surda que nasce em um meio ouvinte enfrenta, desde o nascimento, uma rede de construções identificatórias, prefiguradas pelas expectativas dos seus pais, os quais são naturais, desejam que ela também seja ouvinte. Dessa forma, o processo de socialização da criança surda com seus pais ouvintes é, muitas vezes, conflitante desde o início. O conhecimento da surdez em uma criança supõe longos processos, tanto no estabelecimento do diagnóstico, como para que os pais elaborem sua frustração e comecem a aceitar a criança diferente do imaginado. São processos extremamente complexos e interferem no modo como os pais e especialistas vão construir uma determinada imagem social do que é a surdez e do que é a criança surda (Behares, 1993)
Nos primeiros meses de vida, o bebê ainda não é capaz de fazer uma relação entre as emoções que experimenta e o que podem significar. O bebê depende totalmente de sua mamãe para sentir-se compreendido e atendido nas suas necessidades básicas. Quando ele está incomodado ou vive alguma tensão, é sua mãe que identifica a origem do mal estar e lhe oferece alívio necessário para que seu equilíbrio seja recuperado.
A repetição constante dessas experiências é o que