A criança ouvinte, a surda e o mundo sonoro
Analisando-se a criança surda e as crianças que ouvem normalmente, podemos perceber que fisicamente são iguais; o desenvolvimento motor e o desenvolvimento mental ocorrem da mesma forma. A única diferença marcante que observamos está no domínio da linguagem que reflete no desenvolvimento intelectual e social da criança surda.
Apesar do desenvolvimento das crianças surdas e ouvintes ocorrer da mesma forma, as primeiras sofrem algumas limitações.
Para alfabetizar uma criança surda, o ponto de partida é a criança saber a Língua de Sinais, o ideal é que o professor também saiba, para que ele possa ser o mediador entre as duas línguas – LP e LIBRAS.
Para o desenvolvimento da alfabetização dos surdos há uma diversidade metodológica. Entre os métodos se destacam: O global e o Analítico Sintético.
O método Global implica:
- Que o aluno tenha sido atendido em idade precoce nos processos educacional e clínico logo que seja detectado a perda auditiva.
- Que seja indicado o uso de “Aparelho de Amplificação Sonora Individual (AASI)” e a estimulação de resíduos auditivos.
- Passar por período pré-escolar onde desenvolverá a aquisição de linguagens em habilidades de coordenação visomotora global.
- Deverá vir de um ambiente que lhe proporcione experiências variadas.
Método Analítico:
- Caracteriza-se por explorar o todo significativo e as partes. Este método destina-se á alunos que entram tardiamente na escola, que apresentam um nível pobre de recepção e emissão, muitas vezes sem nenhum trabalho anterior em treinamentos auditivos (é o caso dos alunos que chegam à rede pública).
O estímulo da parte visual facilita a aquisição da linguagem, pois a criança passa a se apoiar em pistas visuais, gráficas além da LIBRAS. Todo o material impresso oferecido à criança deve ser confeccionado em letra de imprensa.
Neste método o professor poderá partir da palavra, passando para a frase, formando com elas um texto, retirando