Crianças, cores e consumismo
A publicidade bombardeia as crianças afim de conduzi-las a desejar todo tipo de produto. Isto além de induzir ao materialismo, prejudica a educação e desgasta a relação entre pais e filhos. Segundo dados coletados pelo IBGE, as crianças exercem um grande poder de decisão sobre a família no que diz respeito às compras de supermercado e outros tipos de compras. Contudo, faz-se necessário analisar quais são os fatores influenciadores nas decisões de compra das crianças. Entre alguns eles, está o fator COR.
As embalagens exploram ao máximo o uso de cores PURAS nos quais as crianças se encantam, e podem ser facilmente notadas. Cores como o vermelho e o laranja por exemplo, despertam nelas a espontaneidade e imaginação. Quando essas são usadas nas embalagens de brinquedos, tendem a aumentar quase que imediatamente as vendas em comparação com embalagens de outras cores. Este fenômeno acontece devido às sensações afetivas que essas cores transmitem.Portanto, mesmo que a criança não saiba ainda nem dizer o nome do produto poderá identificá-lo através da própria cor. Sendo assim, a cor pode ser definida como uma mola propulsora para o consumo imediato de qualquer produto pelas crianças.
A verdade é que a maioria das propagandas iludem os pequeninos. São sempre coloridas, mágicas e trazem a sensação de que, com o brinquedo, a criança pode ser um super-herói. Quando elas ganham o brinquedo ficam felizes por umas duas horas até descobrir que ele não faz tudo o que estava no comercial e logo passam a querer mais e mais. É como uma bola de neve, só tende a aumentar.
Podemos dizer que a principal porta de entrada da publicidade infantil nas famílias brasileiras é a televisão. Estar atento ao tempo que seu filho está gastando em frente da tela é fundamental. " A criança brasileira chega a assistir até 5 horas de TV por dia. Tem que limitar o número de horas não só pela publicidade, mas até para não ter hábitos tão sedentários", explica Laís