Crianças consumidoras
A publicidade, como forma de expandir o lucro das grandes empresas, vê a criança como potencial consumidor, usando da falta de capacidade crítica delas para garantir a divulgação da lógica capitalista. E a televisão, como transmissora dessas informações, é atividade realizada continuadamente, e sem nenhuma orientação dos pais e educadores, o que acarreta num enorme prejuízo a elas. Assim, a falta de uma regulamentação causa diversos danos ao desenvolvimento da criança, indo de encontro aos seus direitos fundamentais.
Palavras - chave: Criança; Televisão; Publicidade; Proteção dos Direitos Fundamentais.
Sumário: 1. Introdução – 2. A mídia e a influência sobre as crianças – 3. A criança – 4. A legislação brasileira e a proteção à criança – 5. Direitos humanos da criança – Considerações finais – Referências.
1 INTRODUÇÃO
Nem é preciso afirmar que o mundo vem passando por diversas transformações, como nunca antes visto, graças, basicamente, à revolução tecnológica. Ela invadiu os nossos lares e alterou, paulatinamente, muitos valores e costumes que existiam outrora. Ninguém sabe se isso gerou mais pontos positivos ou negativos, mas uma coisa é certa: as crianças acompanharam essa evolução e hoje estão irreconhecíveis. Entendê-las é o primeiro passo para a compreensão da nova realidade social.
“Os programas televisivos voltados ao público infantil (...) são, portanto, enunciados que expressam formas de conceber a infância no mundo contemporâneo e de estabelecer diálogos com as crianças, convidando-as a participarem do mundo[1]”. E a partir disso, podemos compreender como as crianças estão assimilando e interagindo com esse conteúdo absorvido.
Mercado infantil, consumidores em potencial. Palavras que definem as crianças para os interessados em criar maneiras infalíveis de venda de produtos que estão em todo o mundo. Marcas famosas de roupa, de brinquedos, de celulares, de