Crianças com TDAH
O presente interesse no tema foi intensificado quando participei do I Simpósio de TDAH para profissionais de educação, promovido pela a Associação Brasileira do
Déficit de Atenção (ABDA), realizado em Salvador. Durante este evento fiquei impressionada com os depoimentos das pessoas que, quando crianças, eram apelidadas de várias formas estereotipadas tais como: “bicho carpinteiro”, “D Flash”, “No mundo da lua”, “Bagunceiro”, etc.. Isso ocorreu porque provavelmente elas não foram diagnosticadas adequadamente por parte dos profissionais da área de saúde e pelos professores, que, por sua vez não tinham um esclarecimento apropriado para lidar com essas crianças. Assim, em geral, essas dificuldades eram tratadas como se houvesse problemas de disciplina, de interesse ou até mesmo de educação.
Hoje sabemos que o TDAH é definido como um transtorno neurobiológico que acontece em crianças, adolescentes e adultos, independente de país de origem, nível sócio-econômico, raça ou religião. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade
(TDAH) é um transtorno neuropsiquiátrico, reconhecido pela Organização Mundial de
Saúde e registrado oficialmente pela Associação Americana de Psiquiatria no manual chamado de Diagnostic and Statistic Manual (DSM), que está na sua quarta edição.
Assim Barkley (2008) caracteriza o TDA/H como sendo:
“(...) um transtorno mental válido, encontrado universalmente em vários países e que pode ser diferenciado, em seus principais sintomas, da ausência de deficiência e de outros transtornos psiquiátricos”. (p.123)
A minha preocupação ao começar a estudar e conhecer um pouco mais sobre o tema deteve-se na concepção dos professores, pois, ainda que este transtorno esteja sendo hoje cada vez mais divulgado em tantos meios de comunicação, onde a disseminação das informações são bem mais rápidas, permanecem muitas concepções errôneas. No entanto, sendo os sintomas da hiperatividade, da