crianças abrigadas
Quando falamos de crianças, mais precisamente de crianças abrigada não podemos deixar de falar sobre a família, de falar sobre o poder de criar e cuidar de uma criança, poder esse que muitas vezes é transferido para uma instituição. Os principais motivos que levam esta transferência são as condições de pobreza; violência doméstica; uso de entorpecentes e álcool por pais ou responsáveis; crianças em situações de rua; crianças órfãs; abuso sexual; adoção mal sucedida; abandono e falta de estrutura emocional.
As crianças, ao chegarem ao abrigo sentem-se abandonadas, com medo e inseguras, como se estivessem de luto. Como se sua família tivesse morrido.
O período de adaptação na instituição é um fator difícil. Geralmente a criança não está acostumada com normas, regras e horários, portanto é comum manifeste sua insatisfação, que seja resistente as novidades de rotina, que tenha um comportamento difícil, afinal além do “novo” há o fato de que quando sua residência passa a ser o abrigo a atenção e os cuidados já não são mais individuais. Como em muitos casos as lembranças são dolorosas, a rotina do abrigo tenta também não ficar relembrandoo passado daquela criança ou adolescente. Outra dificuldade encontrada é a substituição da atenção individual para a coletiva.
Conforme o ECA (ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE, lei federal nº 8.069 de 1990), no artigo 19, o abrigamento em instituições é uma medida de proteção aos direitos da criança e adolescentes, toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado no seio da sua família, e excepcionalmente, em família substituta, assegurada à convivência familiar e comunitária... Nesse sentido, é que a instituição abrigo se constitui com função de zelar, de proteger acriança e o adolescente por tempo determinado ou indeterminado, reivindicando mediante iniciativas judiciais à volta às famílias de origem ou a destituição do poder familiar, que resultará em processos de adoção.
A maioria das crianças