Criança, um termo constituído pela cultura
As crianças eram ignoradas em todos os âmbitos, e isso se dava por não acreditarem que estas já possuíam a personalidade, principalmente pelo alto índice de mortalidade infantil, que na realidade era causado pela falta de higiene e saúde da época. Devido a isto os adultos não se apegavam ás crianças por considerá-las uma perda eventual, pois elas morriam com muita facilidade.
No que se referem às representações artísticas elas não eram retratadas, e quando era elas eram representadas por homens em menor tamanho, assim como o anjo que não tinha uma aparência de uma criança real,tinha feições de um rapaz jovem; o segundo tipo de criança reproduzido mais tarde foi o menino Jesus que inicialmente, também, possuíam feições de um adulto; e um terceiro tipo de criança foi à representação de crianças nuas.
Essa representação que se tinha das crianças começou a mudar a partir do século XV, com putto e retrato. As crianças passaram a ser retratadas de uma forma real.
No século XVI a retratação de crianças mortas foi um marco na historia dos sentimentos, o que mostra que as crianças não eram mais consideradas como uma perda eventual. As pessoas passaram a enxergar e da importância as particularidades desse ser que antes ninguém se preocupava em reconhecer.
No inicio do século XVII os retratos das crianças passam a ser numerosos, e elas passam a ser representadas sozinhas e é “criado o habito de conservar através da arte do pintor o aspecto fugaz da infância.” (Áries, p. 60)