Criança frente a morte
Segundo Trad, "a morte para a criança é vivenciada como perda de controle, como um último e irremediável abandono".
A reação da criança diante da doença está diretamente relacionada a múltiplos fatores, tais como idade, estresse imediato representado pela dor física desencadeada pela doença, angústia de separação devido à hospitalização, traços de personalidade, experiências e qualidade de suas relações parentais.
Até os quatro anos, aproximadamente, as crianças têm uma ideia reversível de morte. O conceito, ainda que parcial e incompleto que venham a formar, será apreendido de maneira concreta e estará diretamente relacionado com a informação que obtiverem dos adultos que a cercam. Assim, somente à medida em que a criança amadurece, sua concepção da doença e da morte vai ficando mais ampla, complexa e realista. Quanto maior, mais concreta será esta compreensão.
No inicio da vida psíquica, existe uma relação muito grande entre o bebe com sua mãe.
Uma fase que denominaram de fase simbiótica do desenvolvimento, quando ele não se percebe como um ser distinto.
A partir dos 4-5 meses, com o amadurecimento neurológico e dos órgãos dos sentidos, bem como o desenvolvimento da memória, é capaz de identificar-se a si e à mãe, progressivamente, como indivíduos separados. Durante este período, a criança cada vez torna-se mais capaz de afastar-se fisicamente da mãe, iniciando a exploração do ambiente a sua volta. Neste momento, pode separar-se apenas por período limitado de sua mãe, uma vez que a separação prolongada leva a criança a experimentar intensa ansiedade Tendo em vista a absoluta impossibilidade psíquica da criança separar-se de seus pais antes dos três anos de idade. Entende-se que, até este momento de vida, a criança sofre mais pela separação da família e de seus ambientes impostos pela hospitalização, do que pela doença.
Na idade escolar, dos seis aos 11 anos, a criança já se encontra em condições intelectuais de