Resumo: a família e a morte da criança
RESUMO DO TEXTO: A FAMÍLIA E A MORTE DA CRIANÇA
A família é uma unidade de representação básica da criança, é um grupo primário de nossa sociedade da qual o indivíduo vive e consegue se desenvolver. É nessa interação familiar que se irá configurar a personalidade, determinando também características sociais, étnicas, morais e cívicas dos seus integrantes. Assim, a ocorrência de uma doença ou morte de um filho deve ser considerada e compreendida como um fenômeno social a partir das características dessa família.
A família nessa situação pode ser entendida em três níveis inter-relacionados. Nível intrapsíquico, em que cada membro da família busca manter e estabelecer determinado equilíbrio, entre demandas biológicas, psicológicas e sociais conflitantes configurando-se o equilíbrio psicológico, as formas ou mecanismos de defesa utilizados para essa manutenção. Nível interpessoal, os membros da família estarão sempre em inter-relação, produzindo e sofrendo efeitos da dinâmica familiar. Nível social, onde seus membros estão influenciando e sendo influenciados pelo ambiente social ou extrafamiliar.
Esses níveis encontram-se inter-relacionados onde o que acontece com um membro da família afetará as respostas de outros membros num movimento compensatório. O equilíbrio de uma família é um equilíbrio homeostático que se apresenta muitas vezes como mecanismo para defender de ameaças de ruptura causadas por situações de dor, ansiedade,aniquilamento, depressão e raiva. Contudo, é evidente que na iminência de morte de um de seus membros principalmente quando se trata de uma criança, leva à um desestruturação do grupo familiar e a explosão de intensos sentimentos que variam entre revolta, desespero e negação.
A maneira como a criança vai reagir diante de uma doença grave ou terminal é reflexo de alguns fatores amplamente conhecidos como: sua idade, o estágio do seu desenvolvimento, o desconforto que tal doença lhe trás, seu tratamento e efeitos