Crescimento Interior
Notei uma grande concentração de pessoas e no dia do meu embarque, me chamou a atenção um senhor idoso, acompanhado de seu filho de meia idade. Pareceu-me que tinham poucos recursos para alimentação. Consultei o meu guia, se poderia oferecer alguma ajuda. Finalmente, compramos uns pacotes de tâmaras e lhes dei. O senhor me olhou por alguns minutos em silencio e finalmente disse ao guia que precisa comê-las comigo para contar por que tinha a intenção de fazer a peregrinação. Sentamos em um local fresco e tranquilo e com seu estilo simples de vida, vindo de uma família de que por séculos vem mantendo a profissão de jardineiro, nos disse que a realização da peregrinação é antecedida não somente pelo desejo, mas também por intenção de pedir perdão pelos erros cometidos, renunciar ao mal e reafirmar sua crença em Deus.
Continuando nos disse que a sua decisão de partir em peregrinação não deveria prejudicar ninguém, não ter dívidas por fazer a viagem, nem deixar dívidas por pagar e ou deixar sua família sem recursos ou em situação desprotegida.
Então, passou a detalhar o que iria fazer. (o que esta escrito abaixo esta reduzido e com certeza falta certa precisão no meu entendimento)
A partir do momento que se encontrasse próximo da cidade de Meca, deveria proceder à entrada no estado de sagrado, que consiste em vestir a roupa (iharam) que usará durante a celebração dos rituais: duas peças de tecido brancas e sandálias. (Neste estado o peregrino não deve cortar o cabelo, cortar as unhas, usar perfumes, matar animais, envolver-se em discussões ou lutas, manter relações sexuais ou contrair matrimónio).
Depois de entrar na Grande Mesquita de Meca deveria dar sete voltas à Kaaba no sentido contrário aos ponteiros do relógio. Pretendia também em beber um pouco da água do poço de