Crescimento econ mico e sustentabilidade ambiental
Crescimento econômico e sustentabilidade ambiental
Colider-MT
2015
Crescimento econômico e sustentabilidade ambiental
Quando se fala em sustentabilidade ambiental, é impossível não falar de economia. Primeiramente, é preciso considerar que muitos dos problemas ambientais dos séculos de hoje, se originam da falta de estratégia industrial em manter um desenvolvimento que utilizasse os recursos naturais de forma equilibrada.
“O modelo que estamos vivendo hoje, a chamada sociedade de consumo, é um esquema sem futuro. Nós estamos consumindo o planeta”. Já dizia o ecologista brasileiro, José Antônio Lutzenberger, ícone na luta pela conservação e preservação ambiental, em entrevista dada em 2000 à revista IHU – Instituto Humanitas Unisinos.
De acordo com ele, o pensamento que predomina sobre os setores econômicos é de que a economia deve sempre crescer, porém, não se considera que nada pode crescer para sempre quando o espaço é limitado.
Um dos problemas para que a economia permaneça no mesmo ritmo é o próprio sistema de medida de crescimento do país, o Produto Interno Bruto (PIB), uma vez que calcula o volume das atividades econômicas, sem registrar as perdas dos recursos não renováveis. Dessa forma, o próprio PIB impulsiona a população, as empresas e as indústrias a sustentarem o modelo que alimenta a sociedade de consumo.
“No último meio século, a economia global, medida pelo somatório do PIB dos países, cresceu cinco vezes. Em contrapartida, aproximadamente 60% dos ecossistemas mundiais foram degradados”. Relatou a advogada, Paula Franco Moreira, numa cartilha sobre o setor hidrelétrico e a sustentabilidade, publicada em 2012.
Seguindo o pensamento de Moreira, o modelo ideal de calcular o crescimento de um país deveria expressar suas condições ambientais, levando em conta a perda de seus recursos naturais. Afinal, no futuro, as condições territoriais poderão interferir no crescimento econômico e na qualidade de