Cren As B Sicas
Uma crença básica é uma crença que não necessita ser justificada por outras crenças, ou seja, quando não é inferida a partir de outras crenças. As outras crenças é que dependem destas. A origem destas crenças, segundo David Hume, vêm das nossas experiencias sensíveis imediatas, apenas essas podem ser consideradas crenças básicas. Ao contrário do fundacionalismo cartesiano, que encarava estas experiencias sensiveis imediatas com grande suspeita, e que afirma que as crenças básicas só podem ser descobertas através da dúvida.
Explicar a crítica dos empiristas ao inatismo
Durante séculos os estudiosos tentaram chegar a um consenso a respeito da origem dos princípios racionais, da capacidade para a intuição e de raciocínio do homem. Será que as pessoas já nascem com potencialidades, dons e aptidões que serão desenvolvidos de acordo com o amadurecimento biológico ou tudo isso é desenvolvido através da experiência com o mundo externo?
Essa discussão provavelmente se iniciou a partir da discussão de dois dos maiores filósofos da história: Platão e Aristóteles. Embora ambos tenham sido discípulos de Sócrates, Platão defendia a tese de que nascemos com ideias natas, enquanto Aristóteles pregava que tudo é desenvolvido através da experiência, em que o contato com o mundo externo é a única forma de se obter conhecimento e aprimoramento do intelecto.
Através de suas teorias, o inatismo apresenta o ser humano como um agente estático, sem a possibilidade de sofrer mudanças. Desta forma, quando o homem nasce, sua personalidade, valores, hábitos, crenças, pensamento, emoções e conduta social já estão definidos, uma vez que toda a atividade de conhecimento é exclusiva do sujeito, o meio não participa dela.
Para os empiristas, o homem ao nascer é uma “folha em branco”. Segundo Popper, “Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos". Essa é a ideia central do empirismo: a única fonte de conhecimento