Creança Problema

Atividade: A creança problema Quando imaginamos as crianças e jovens nas escolas em 1930, pensamos em uma realidade totalmente distorcida e controversa da atual, mas ao ler trechos do livro “A Creança Problema” de Arthur Ramos, percebemos que não era tão diferente assim. Claro que houve diversos fatores que não são problemas tão graves hoje, como a higiene, espaço e toda a rigidez tratada na época. Mas a educação e as atitudes podem ser bem próximas dos dias de hoje. O livro é dividido em duas partes: “A Creança Escurraçada” e “A Creança Mimada”, cada uma delas com suas peculiares características, sendo necessário dividir esta listagem para estabelecer as diferenças nelas presentes. Obviamente, existem as exceções, mas abordar em linhas gerais as de maior frequência seria o mais justo a ser feito.

“A Creança Escurraçada”: O texto aborda diversas crianças, com idades variadas, geralmente de 8 a 13 anos em média, a maioria de cor preta, com pais também de cor preta ou parda. Alguns com descendência branca, geralmente divididos entre portugueses e brasileiros. Na sua totalidade, sempre realizando trabalhos não muito reconhecidos, como: cozinheiras, alfaiates, domésticas, serventes militares, vendedores ambulantes, etc. Há alguns que não trabalham, apenas exercem sua religião, como médium e espíritas, por exemplo. Em sua maioria estão em estado depravado de saúde como a desnutrição, ou possuem sérias doenças cerebrais. Podemos notar também, a presença de uma grande quantidade de irmãos (até 13), além de tios, avós e outros parentes morando em uma mesma residência, muitas vezes alugada, que não possui uma condição de espaço e de higiene devidamente apropriada para tantas pessoas, podendo influenciar na saúde dos membros familiares. Esses membros tinham a autoridade dos pais de repreender a criança com castigos e até agressões físicas. Outro aspecto dos pais sobre a criança é a exploração do trabalho. Fora da escola, essas crianças eram obrigadas a