Cr Ton E S Crates

1051 palavras 5 páginas
Críton ao visitar Sócrates, que está dormindo tranquilamente, não o acorda pois acha que para quem já está condenado a morte o melhor mesmo é estar dormindo serenamente, pois perde-se a consciência durante o sono. Percebe-se aí a subjetividade quanto ao juízo formulado por Críton, pois Sócrates discorda dele e acha que o mesmo deveria tê-lo acordado. Sócrates até sonhar sonhou.
Sócrates acredita que o homem com muitos anos vividos não deveria, como ele, temer a morte. De novo a subjetividade; a notícia trazida por Críton é dolorosa e desoladora apenas para ele, Críton, e os outros amigos de Sócrates.
Há em Críton, uma preocupação com a sua própria reputação perante o povo, pois é vergonhoso fazer caso do dinheiro e descaso dos amigos, pois o fato é que, em acontecendo a morte de Sócrates, implicará inevitavelmente nisso: o apego ao dinheiro aos bens materiais, como atributos de Críton, ou seja, duas desditas: a morte de Sócrates e a desonra como atributo de Críton.
Sócrates, ao contrário de Críton, acha que o povo não é capaz nem de praticar os maiores nem os menores dos males, pois, por analogia, seria capaz também de praticar os maiores benefícios. Na verdade o povo obra por acaso e ao sabor do acaso. Tudo porque o povo se baseia na opinião e não em certeza/verdade absoluta. Sócrates teme que a ira/opinião do povo se volte contra seus amigos caso saia da cela.
Críton oferece a Tessália como local seguro para Sócrates, além de uma grande somaem dinheiro. Sócrates em nenhum momento pensou em lutar ou evitar a condenação, apenas limitou-se a contra-argumentar os seus algozes.
Críton não possui nenhuma retidão, de forma que não consegue convencer Sócrates. Sócrates faz análises racionais e escolhe a melhor delas para orientar-se; Sócrates se recusa a aceitar a proposta de Críton de fugir da cela porque ele segue sua própria razão, que não se modifica mesmo diante de uma conjuntura desfavorável. A razão que defendia e sempre defendeu, e que não se

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