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Surgem, então, heróis nacionais como Dom Pedro que desejava que a sua máxima fosse glorificada, quando o que devia ser lembrado e enfatizado a discriminação feita pelo povo português para os brasileiros.
A escravidão é algo que ainda assola o mundo inteiro. Para dar o pontapé inicial, em 1863, o decreto do presidente dos Estados Unidos Abraham Lincoln em acabar com a escravidão nos Estados Unidos foi feito, dando margem para que movimentos abolicionistas fossem fortalecidos mesmo fora do país de origem. Dentre eles, o Brasil.
Intelectuais, advogados, jornalistas e estudantes também constam nos ativistas para a causa. Em 1880 nasce, no Rio de Janeiro, a “Sociedade Brasileira Contra a Escravidão”, por republicanos engajados como Joaquim Nabuco e José Patrocínio a fim de alavancar o processo de abolição.
Deste modo, com uma pressão imensa para o fim do regime escravocrata, a Lei Aurea foi assinada pela Princesa Isabel em 13 de maio de 1888.
Não que todo o preconceito do povo negro tenha sido extinto, afinal, como querem que acreditemos, a história romantizada não procede.
Há, ainda, mudanças para serem lembradas quando se passa por elas – ao menos por quem possui esse conhecimento:
No Rio, o que era o Lago da Imperatriz, agora é conhecido como Quintino Bocaiuva, um jornalista e político conhecido por sua atuação no processo da Proclamação da República.
A da Misericórdia – como se a misericórdia fosse monarquista, – passou a Batalhão Académico, e assim por diante.
É interessante saber que os republicanos, no Brasil, prometeram, em 1890, realizar referendo, para o povo legalizar o novo regime; mas, talvez, receando que preferissem a monarquia, só se realizou em 1993, quando, pelas sondagens, se sabia não haver perigo para o regime.